Erros Históricos
Erros Históricos
Por Paulo Heuser
Por Paulo Heuser
Publicado no jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul, em 15/01/2007:
http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdEdicao=1057&intIdConteudo=68403
Ninguém é perfeito, nem mesmo historiadores e teólogos. Cometem erros, humanos que são. Às vezes são levados ao erro, por pressões, psicológicas ou não, como as exercidas por Tomas de Torquemada e Girolamo Savonarola, inquisidores espanhol e florentino, do século XV. Eram sujeitos muito convincentes. O último organizou a famosa Fogueira das Vaidades, quando se queimaram todos os objetos considerados imorais ou hereges, em poder da população. Incluíram-se nesta classificação os livros e os espelhos. Louquinhos podem ser perigosos, ainda mais quando investidos do poder. A história está recheada de exemplos. Não param de surgir novos.
Ninguém é perfeito, nem mesmo historiadores e teólogos. Cometem erros, humanos que são. Às vezes são levados ao erro, por pressões, psicológicas ou não, como as exercidas por Tomas de Torquemada e Girolamo Savonarola, inquisidores espanhol e florentino, do século XV. Eram sujeitos muito convincentes. O último organizou a famosa Fogueira das Vaidades, quando se queimaram todos os objetos considerados imorais ou hereges, em poder da população. Incluíram-se nesta classificação os livros e os espelhos. Louquinhos podem ser perigosos, ainda mais quando investidos do poder. A história está recheada de exemplos. Não param de surgir novos.
Até a descoberta das ruínas de Tróia, por Heinrich Schliemann, no século XIX, acreditava-se que a cidade só existira nos poemas épicos de Homero. Assim como nesse caso, outros mitos tornam-se realidade, e vice-versa. Continuam procurando a, até hoje, mitológica cidade perdida de Atlântida. Talvez a descubram algum dia, se realmente existiu. Às vezes procuram no lugar errado. Esburacam a terra anos a fio, sem nada encontrar. Ou até, encontrando outra cidade, não aquela que procuravam. Coisas da Arqueologia, ciência para os muito pacientes.
Interessante é o caso de Sodoma e Gomorra. Nos relatos bíblicos consta que as finadas cidades ficavam onde está o Mar Morto. O livro bíblico do Gênesis narra que Abraão vivia em Sodoma, após seu retorno do Egito, com o seu sobrinho Ló. O povo de lá não era exatamente santo, vivendo algo parecido com um eterno Carnaval sem a Quarta-feira de Cinzas. A festa corria solta, o tempo todo, num clima de, digamos assim, socialização excessiva. Eis que Deus mandou dois anjos para terminar com a festa. Abraão foi um sujeito muito político, compreensivo até. Intercedeu três vezes em favor dos habitantes da cidade, apesar de condenar seu modo de vida. Deus mandou os dois anjos com ordens para botar fogo em tudo, se não encontrassem dez pessoas decentes por lá. Encontraram apenas a família de Ló, insuficiente para aplacar a ira divina. Aí foi aquilo que todo mundo sabe, choveram fogo e enxofre dos céus, Ló e sua família saíram da cidade a tempo, avisados pelos anjos, a mulher dele virou estátua de sal, ao olhar para trás. Nada sobrou daquelas cidades.
Pode haver alguma imprecisão quanto ao local onde Sodoma e Gomorra foram construídas. Uma grande imprecisão, em verdade. Outro grande erro histórico pode dizer respeito à época em que a incineração das cidades ocorreu. Chega-se a tal conclusão através da leitura dos jornais atuais. Apesar de não se saber como escreveriam Rio de Janeiro e Vitória em hebraico.
E-mail: prheuser@gmail.com
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