O acidente do Tut
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O acidente do Tut
Por Paulo Heuser
Os cientistas não param de nos surpreender com fantásticas descobertas e revelações. Quando achamos que já vimos tudo, lá vem outra revelação. Em meio às louváveis campanhas para redução dos acidentes de trânsito, leio uma revelação não tão nova, porém surpreendente. O Tutancâmon – Tut para os íntimos – morreu em decorrência de um acidente de trânsito, em 1324 a.C. Ele teria sofrido lesões no crânio, ao cair da carroça em movimento, enquanto caçava. Isso por si só já prova que dirigir e fazer outra coisa ao mesmo tempo dá problema. Tudo leva a crer que Tut ignorou o cinto de segurança.
Por Paulo Heuser
Os cientistas não param de nos surpreender com fantásticas descobertas e revelações. Quando achamos que já vimos tudo, lá vem outra revelação. Em meio às louváveis campanhas para redução dos acidentes de trânsito, leio uma revelação não tão nova, porém surpreendente. O Tutancâmon – Tut para os íntimos – morreu em decorrência de um acidente de trânsito, em 1324 a.C. Ele teria sofrido lesões no crânio, ao cair da carroça em movimento, enquanto caçava. Isso por si só já prova que dirigir e fazer outra coisa ao mesmo tempo dá problema. Tudo leva a crer que Tut ignorou o cinto de segurança.
Da Londres de 1889 vem o relato de um acidente de trânsito provocado pelo excesso de velocidade. Um motorista enlouquecido dirigia o carro a mais de 20 km/h, quando os raios das rodas dianteiras se quebraram. Pelo visto, os buracos já haviam sido inventados naquela época. O motorista e um passageiro foram arremessados para fora do veículo, logrando êxito letal, como diria o boletim policial. Nova evidência forte de que haviam ignorado o cinto de segurança.
Isadora Duncan (1877-1927) foi uma dançarina norte-americana que escandalizou o mundo civilizado ao dançar descalça músicas de autores impensáveis como Chopin e Wagner, que, pelo pensamento da época, compunham peças para serem apenas ouvidas. Isadora brilhou em vida e teve uma morte estranha. Seu echarpe enrolou-se na calota da roda do esportivo francês Amílcar 1924, do qual era passageira, em Nice, França. Isadora provou, na prática, que o lugar do cinto não é no pescoço.
Aí pelo ano de 1900, na Estrada Velha da Tijuca, no Rio de Janeiro, o automóvel francês de propriedade de José do Patrocínio (1854-1905), conduzido pelo Olavo Bilac (1865-1918), colidiu frontalmente com uma árvore, sem deixar vítimas graves. Não há registro dos motivos que levaram ao acidente. Contudo, há fortes evidências de que Bilac esqueceu-se momentaneamente da precisão da métrica parnasiana e fez uma curva alexandrina, quando deveria fazer uma decassilábica.
Apesar das inúmeras campanhas publicitárias que tentam reduzir os terríveis acidentes de trânsito, a situação parece piorar. Pudera, do jeito que dirigem, o resultado não poderia ser outro. Chegam a apelar para ataques à masculinidade nas campanhas publicitárias. É uma boa idéia, porém ainda há algo estranho nisso.
Ontem sinalizei para trocar de pista, após verificar pelo espelho retrovisor externo que não havia veículo próximo. Quando comecei a executar a manobra, ouvi a buzina estridente de um carro que se aproximava em alta velocidade, dando sinais de luz, a cerca de 30 metros atrás. Pensei que se tratava de alguém socorrendo um ferido, conduzindo-o ao Pronto Socorro. Qual não foi minha surpresa, quando parei no sinal, ao descobrir que o carro era tripulado por uma jovem loira que gesticulava e gritava impropérios impublicáveis. Terminada a saraivada, sacudiu a cabeça e gritou: - Só podia ser homem! Tentei justificar-me, imitando o pisca-pisca com a mão. Não sei se fui mal interpretado, mas ela ficou mais furiosa e gritou: - Seu... Seu... Seu impotente! – fazendo gestos com o polegar para baixo. Então, não me fiz de rogado. Deixei a atitude defensiva e mandei: - Sua... Sua... Sua frígida! Por sorte, o sinal abriu. Ela arrancou cantando pneus e seguiu velozmente em zigue-zague entre os demais veículos. Fará parte da Maldição de Tut?
George Edward Stanhope Molineux Herbert (1866-1922), o quinto Lorde de Carnarvon financiou as escavações que Howard Carter efetuou no Vale dos Reis, quando encontrou a tumba do Tut. Lorde Carnarvon mudou-se para o Egito por recomendação médica. Sofrera um terrível acidente, durante uma prova automobilística na Alemanha, em 1901, que lhe deixou seqüelas nos pulmões. O médico recomendou que fosse viver em um clima mais seco, como aquele do Cairo. Há rumores sobre uma discussão de trânsito entre Lorde Carnarvon e uma loira que tripulava outro automóvel, após aquele ter dado uma fechada involuntária no carro desta.
Eu só não consigo imaginar o que tenho a ver com toda esta história. Sequer vi a múmia do Tut!
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