A irmandade da morte
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A irmandade da morte
Por Paulo Heuser
A história está recheada de eventos que envolveram sociedades secretas, irmandades, confrarias e quaisquer outros ajuntamentos de pessoas com interesses em comum. Muitas dessas sociedades permeiam a sociedade sem aparentá-lo. Algumas foram constituídas para praticar o bem, sem olhar para quem. Outras são sociedades de ajuda mútua, onde os membros prestam favores entre si. Há algumas que se destinam à realização de festas, e assim por diante. Soube de uma sociedade secreta de adoradores de pé-de-moleque (a rapadura), que não tinham a coragem de confessar publicamente sua adoração pelos amendoins com melado. Reúnem-se semanalmente para comer a iguaria.
Por Paulo Heuser
A história está recheada de eventos que envolveram sociedades secretas, irmandades, confrarias e quaisquer outros ajuntamentos de pessoas com interesses em comum. Muitas dessas sociedades permeiam a sociedade sem aparentá-lo. Algumas foram constituídas para praticar o bem, sem olhar para quem. Outras são sociedades de ajuda mútua, onde os membros prestam favores entre si. Há algumas que se destinam à realização de festas, e assim por diante. Soube de uma sociedade secreta de adoradores de pé-de-moleque (a rapadura), que não tinham a coragem de confessar publicamente sua adoração pelos amendoins com melado. Reúnem-se semanalmente para comer a iguaria.
Há confrarias públicas de bebedores de uísque, de fumadores de charutos, de cozinheiros, e de qualquer atividade que possa reunir aqueles que partilham de gostos comuns. Nunca antes naquele país houve tantas sociedades secretas como nos EUA. Frase confusa, porém politicamente atual. Os norte-americanos inserem-se nas irmandades enquanto estão na escola. Tornam-se sigma-kappa-phi, ou vice-versa. Faltam letras no alfabeto grego para tanta irmandade. Eles passam pelas cerimônias de iniciação, onde juram a fidelidade a qualquer coisa que move aquela entidade. É um ponto alto na vida social dos jovens daquele país. Neste País, os trotes universitários estão mais para jogarem ovos, ou caldo de peixe podre, nos calouros. Lá os filhos tendem a ingressar na mesma irmandade que seus antepassados freqüentaram durante o ensino superior. Aqui tentam criar a Irmandade do Caldo de Traíra Podre e a Irmandade dos Bombardeados com Ovos Podres de Carijó. Seus filhos serão bombardeados com o mesmo caldo de traíra podre e os mesmos ovos podres de carijó, quando ingressarem na universidade. É a tradição que se perpetua.
George Filho, assim como seu pai George Pai, freqüentou a conceituada Yale University, em New Haven, Connecticut. Ambos ingressaram na Ordem das Caveiras e Ossos, sociedade secreta criada em 1832. Diversas personalidades da vida pública norte-americana participaram dessa renomada sociedade secreta. Renomada e secreta, o que não deixa de ser curioso. George Pai quase iniciou uma guerra nuclear. George Filho começou guerras convencionais. Os membros dessa sociedade, também conhecida como Irmandade da Morte, são chamados bonesmen, o que poderíamos traduzir para ossudos, sem nenhuma tentativa de ridicularizá-los. São as natas da sociedade que se considera uma nata.
Apesar dos esforços de guerra do ossudo George Filho para convencer os muçulmanos da conveniência de se tornarem WARP – White American Republican (redneck) Protestants – Brancos americanos republicanos protestantes, eles não entendem esse esforço. Insistem em explodir-se por todo o lado. Sequer sonham em tornarem-se ossudos!
Os pensamentos de George Filho desviaram-se daqueles povos incompreensíveis quando a bolsa explodiu. Desta vez não foi a bomba na cesta de uma mulher suicida na fila do pão em Bagdá. Foi a bolsa do seu querido país, sede da sua secreta Irmandade da Morte. Nem o Alan Greenspan conseguiu salvar a aposentadoria das velhinhas que é aplicada na loteria dos papéis das saudáveis empresas WARP. Os bancos estremeceram, e não foram os da praça. George não sabia mais o que fazer. Derrotado na política externa, derrotado na economia interna, via modelos recusarem cachês em dólares. Essa foi a gota d’água! Então surgiu um conselho amigo, do Presidente Squid (Lula), daquele país cujo nome sempre esquece, mas sabe que fica próximo ao Orinoco. Squid insistia na aplicação de um pacote. Mesmo o cérebro privilegiado de George Filho conseguia entender que necessitavam urgentemente de um pacote. Mas qual pacote? A economia norte-americana não conseguia engolir pacotes facilmente. Squid prometeu mandar um pacote.
Quando o AirSquid pousou na Base Aérea de Andrews, perto de Washington DC, um imenso aparato de segurança estava preparado. Das entranhas da aeronave desceu apenas uma mala. Estaria nela o pacote salvador da economia do país das Caveiras e Ossos? Da porta da aeronave tupiniquim emergiu uma senhora baixinha: a Pack’s Mother – Mãe do PAC.
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